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MARIANA PEREIRA SANTANA REAL
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"POTENCIAL ANTIMICROBIANO E ANTIOXIDANTE DE EXTRATOS DE TOMILHO E ORÉGANO EM MARINADO DE OSTRAS"
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Data: 30/11/2018
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RESUMO REAL, M. P. S. Potencial antimicrobiano e antioxidante de extratos de tomilho e orégano em marinado de ostras O consumo de ostras in natura oferece riscos aos seres humanos devido a sua capacidade de filtração e possível bioacumulação de microrganismos patogênicos. A técnica de marinação é um tratamento pós-colheita baseada na imersão do conteúdo cárneo em salmoura ácida e adicionado de especiarias. As plantas das espécies Origanum vulgare (orégano) e Thymus vulgaris (tomilho) são de grande interesse medicinal principalmente por apresentarem efeito antimicrobiano e antioxidante. O presente estudo objetivou o desenvolvimento de marinados de ostras (Crassostrea rhizophorae) contendo os extratos de orégano e tomilho. Foram desenvolvidos 9 tratamentos de marinados em duas etapas distintas. A primeira consistiu no emprego da tecnologia dos obstáculos (3 tratamentos) e na segunda a utilização dos ingredientes separadamente (5 tratamentos), armazenadas sob refrigeração (6 ± 2ºC) durante 120 dias. Estudos in vitro das propriedades fitoquímicas e antimicrobianas dos extratos foram realizados antes da sua aplicação nas formulações. As ostras e marinados foram avaliadas mediante análise físico-química e microbiológica. Além disso, foi realizada análise sensorial para melhor qualificação do produto final. Os extratos de orégano e tomilho apresentaram atividade antimicrobiana e antioxidante no estudo in vitro. Os tratamentos em que foram empregados a tecnologia dos obstáculos se mostraram inócuas ao longo de 120 dias sob refrigeração. Em virtude do baixo pH, o tratamento com ácido acético (AAC) foi o mais eficiente entre tratamentos em que os ingredientes foram avaliados separadamente, inibindo completamente o crescimento de psicotróficos e Staphylococcus aureus. Os resultados do tratamento com extrato de orégano (EOR) e do tratamento com extrato de tomilho (ETO) foram equivalentes aos achados na atividade antimicrobiana in vitro, embora estes não se mostrem tão eficientes para as bactérias psicotróficas. Sob os aspectos físico-químicos, com exceção dos teores de lipídeos, sódio e bases voláteis totais, percebeu-se redução significativa (p ≤ 0,05) nos teores de carboidrato, proteína, nitrogênio, fósforo, zinco, cálcio, potássio e umidade durante o armazenamento. O Índice de Aceitabilidade 13 sensorial das formulações de marinados foi de 77,50 - 83,21%. A técnica de marinação pode contribuir significativamente para melhor aproveitamento das ostras. Quando enriquecidos com compostos bioativos além de agregar valor à matéria-prima, fornece benefícios aos consumidores.
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DENNIFIER COSTA BRANDÃO CRUZ
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"DIVERSIDADE E EVOLUÇÃO DO NONO E DÉCIMO PASSOS DA VIA BIOSSINTÉTICA DE PURINAS EM PROCARIOTOS”
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Data: 26/11/2018
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Cruz, DCB. Diversidade e evolução do nono e décimo passos da via biossintética de purinas em procariotos
A via biossintética de purinas (VBP) inicia a partir do fosforibosil pirofosfato (PRPP) que é convertido à Inosina monofosfato (IMP) em 10 etapas enzimáticas, em 4 dessas etapas as enzimas envolvidas podem variar de acordo com o grupo taxonômico. Nas bactérias e eucariotos o nono e décimo passo são realizados pela enzima PurH e nas archaeas pela PurP e PurO respectivamente. A PurH tem dois domínios, o AICARFT que realiza o nono passo e o IMPCH que realiza o decimo passo, esses domínios recentemente foram encontrados em espécies do Domínio Archaea como genes independentes não fusionados. A PurP e PurO são análogas aos domínios da PurH e até então consideradas assinaturas do Domínio Archaea. No primeiro capítulo desse trabalho foi realizada um estudo da distribuição dos genes relacionados com os últimos passos da VBP (purH, purP, purO e os genes que codificam AICARFT e IMPCH nomeados de purV e purJ, respectivamente) em 1405 genomas completamente sequenciados dos Domínios Archaea e Bacteria. As análises de genômica comparativa indicaram que a PurH foi a solução evolutiva do Domínio Bacteria para catalisar as reações enzimáticas das últimas etapas da VBP. Homólogos dos genes purO, purV e purJ foram encontrados em genomas bacterianos indicando que esse genes não são exclusivos do domínio Archaea. Também foi observado que existe padrão taxonômico para ocorrência desses genes e que em algumas espécies eles estão no mesmo contexto genômico que outros genes da VBP. Apesar de apresentarem o mesmo padrão de conservação da estrutura primária, os homólogos da PurO do Domínio Archaea e Bacteria não estão relacionados e formaram grupos distintos na árvore filogenética, devido a isso podemos inferir que a PurO já existia no ancestral comum de todos os seres vivos. Por outro lado a PurP parece ter
surgido após a divergência das archaeas, e suas isoformas foram originadas a partir de eventos de duplicação gênica. O objetivo do trabalho apresentado no segundo capítulo foi compreender a história evolutiva das PurVs e PurJs e suas relações evolutivas com os domínios AICARFT e IMPCH das PurHs. A genômica comparativa foi realizada com 2735 genomas, apesar do número de genomas analisados ser quase o dobro, os resultados observados para a distribuição de purH, purV, purJ, purP e purO nas linhagens procarióticas foram similares aos apresentados no primeiro capítulo. A análise dos aminoácidos do sítio ativo mostrou que apesar de algumas variações, existem aminoácidos conservados entre AICARFTs/PurVs e IMPCHs/PurJs, inclusive aminoácidos que foram descritos como essenciais para a atividade do AICARFT. De acordo com a
literatura a maioria dessas variações são possíveis do ponto de vista físico- químico, além disso, elas são equivalentes entre AICARFTs/PurVs e
IMPCHs/PurJs. A topologia da árvore filogenética das PurHs mostra uma clara separação entre Gram positivas e Gram Negativas sugerindo que as PurHs atuais originaram de um único evento de fusão gênica. As análises filogenéticas indicaram que as PurHs das archaeas são filogeneticamente relacionadas com as PurHs de Gram Negativas o que indica que elas foram adquiridas por transferência horizontal. Esse resultado é coerente com a hipótese de que o evento de fusão gênica que originou a PurH ocorreu no Domínio Bacteria. A partir da filogenia podemos inferir que a PurV provavelmente tenha sido originada a partir do domínio ancestral que originou a PurH e a PurJ a partir de quebras do gene da PurH ao longo da evolução e diversificação das linhagens procarióticas.
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AURA LACERDA CREPALDI
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”Atividade antimicrobiana do extrato de jurema preta (Mimosa tenuiflora) sobre cepas de Aeromonas isoladas de peixes”
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Data: 30/08/2018
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RESUMO CREPALDI, A. C. ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO EXTRATO DE JUREMA PRETA (Mimosa tenuiflora) SOBRE CEPAS DE Aeromonas ISOLADAS DE PEIXES
O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antimicrobiana do extrato de Mimosa tenuiflora frente a cepas de Aeromonas isoladas de peixes. Os microrganismos foram isolados a partir de peixes doentes oriundos de uma piscicultura ornamental no município de Dom Macedo Costa, Bahia, Brasil. O isolamento de cepas de Aeromonas spp. foi realizado utilizando meios de cultura seletivos (Glutamato Ágar Pseudomonas/Aeromonas (GSP), Ágar MacConkey e Ágar sangue enriquecido com 5% de sangue de ovino). Realizou-se a extração de DNA e foi utilizada a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) para amplificar e sequenciar o gene RNAr 16S. Foi verificada a presença de fatores fenotípicos de virulência (amilase, fosfolipase, gelatinase, caseinase, lipase, hemolisina, urease e DNase) das cepas isoladas. O perfil de sensibilidade a antimicrobianos comerciais foi realizado por difusão em disco ágar Mueller-Hinton. Para testar a sensibilidade a M. tenuiflora, foram coletadas cascas do caule que foram submetidas a moagem e maceração a frio utilizando hexano, metanol e água para obtenção dos extratos brutos. A suscetibilidade aos extratos de M. tenuiflora foi obtida por microdiluição em caldo para a determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Bactericida Mínima (CBM). Os extratos foram caracterizados por triagem fitoquímica; quantificação de fenóis totais, taninos condensados e flavonoides totais; e toxicidade aguda (CL50) frente a Oreochromis niloticus. As cepas foram identificadas genotipicamente como A. caviae e A. veronii bv. veronii e apresentaram, pelo menos, 75% dos fatores de virulência pesquisados. As duas cepas bacterianas apresentaram resistência a duas dos seis antimicrobianos testados e resistência intermediária a, pelo menos, um antimicrobiano. As duas cepas foram sensíveis aos extratos metanólico e aquoso de M. tenuiflora, com CIM igual a CBM (250 µg/mL). O conteúdo de fenóis totais dos extratos metanólico e aquoso foi de 2,20 e 1,42 g de EAG/100 g de extrato, respectivamente; o teor de taninos condensados foi de 69,25 (extrato metanólico) e 59,10 (extrato aquoso) g EC/100 g de extrato e ambos apresentaram traços de flavonoides (>1%). O extrato metanólico obteve CL50 frente a O. niloticus igual a 40 µg/mL. A presente pesquisa mostrou que a M. tenuiflora é eficiente quanto à sua atividade antimicrobiana in vitro devendo ser mais investigada quanto à sua utilização in vivo.
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JUCILENE PINTO DA SILVA
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PRODUÇÃO DE SINGLE CELL PROTEIN (SCP) POR LEVEDURAS UTILIZANDO O GLICEROL BRUTO COMO FONTE DE CARBONO
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Data: 30/08/2018
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RESUMO
DA SILVA, Jucilene Pinto. Produção de Single Cell protein (SCP) por leveduras utilizando o glicerol bruto como fonte de carbono.
O glicerol bruto, gerado na proporção de 10% (v/v) durante a produção de biodiesel, pode ser utilizado por microrganismos para sua bioconversão em diversos produtos industriais, como biomassa ou Single Cell Protein (SCP). Este trabalho teve como objetivos avaliar a produção de SCP por leveduras utilizando o glicerol bruto como fonte de carbono, selecionar a levedura mais promissora e otimizar a produção de biomassa e de SCP. As leveduras utilizadas neste estudo foram Aureobasidium pullulans EBJ31, Candida (Metschnikowia) pseudointermedia CAC01, Rhodotorula mucilaginosa CCC31, Wickerhamomyces anomalus CCC32 e Trichosporon asahii EPB13. W. anomalus CCC32 foi a cepa mais promissora para a produção de SCP e foi selecionada para os estudos de otimização da produção de biomassa e de proteína bruta por meio de Delineamento Composto Central Rotacional (DCCR). Foi utilizado uma matriz de planejamento fatorial do tipo DCCR 23 e as variáveis estudadas foram glicerol bruto, NaNO3 e ureia. Após a otimização, a produção máxima de biomassa foi cerca de 20 g/L e a concentração de proteína bruta foi de 33% em 84 h, utilizando 25 g/L de glicerol bruto, 3,5 g/L de NaNO3 e 6,5 g/L de ureia, a 30 °C e 150 rpm. Os resultados indicaram que o glicerol bruto pode ser utilizado como substrato para produção de SCP por leveduras, sendo uma alternativa para agregar valor a esse resíduo. W. anomalus CCC32 apresentou características favoráveis para produção de SCP como crescimento rápido, alta produção de biomassa com alto teor de proteína bruta.
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LARYSSA ANDRADE DA LUZ SANTOS
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“BACTÉRIAS EPIFÍTICAS COM AGENTES DE BIOCONTROLE DA ANTRACNOSE DO MAMOEIRO EM PÓS-COLHEITA”
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Data: 06/08/2018
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RESUMO
SANTOS, L.A.L seleção de bactérias epífitas formadoras de biofilmes para o biocontrole da antracnose em pós-colheita de mamoeiro. Cruz das Almas, 2018. Dissertação (Mestrado em Microbiologia Agrícola). Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
Este trabalho teve como objetivos prospectar bactérias epifíticas a partir de folhas, frutos e sementes do mamão; avaliar o antagonismo in vitro a Colletotrichum spp. pela produção de compostos difusíveis, voláteis, quitinase e inibição da germinação de conídios; quantificar a produção de biofilme pelos selecionados como antagonistas e verificar a redução da severidade da antracnose em discos de frutos e em frutos de mamão. Inicialmente, 224 bactérias foram isoladas, dentre elas, 74 exibiram ao menos um mecanismo de ação contra o patógeno, 13 bactérias apenas dois, quatro apresentaram três e uma bactéria exibiu todos os mecanismos avaliados. Os “Mix” foram compostos por quatro isolados bacterianos, que foram distribuídos de forma a fim de equilibrar os mecanismos antagônicos dos isolados em cada combinação. O isolado 901 se fez presente em todos os “mix” por exibir todos os mecanismos avaliados, sendo eles: 1 (901,777,784,916), 2 (901,734, 905, 906), 3 (901, 794, 916, 924), 4 (901, 794, 905, 906) e 5 (901, 788, 777, 916), foram montados, mediante a verificação compatibilidade dos antagonistas pelo teste de antibiose recíproca, pela exibição de ao menos dois mecanismos de ação, somando ainda à produção de biofilme, e aplicados nas concentrações 108, 107 e 106 UFC mL-1 nos discos de frutos. Todos os “Mix” reduziram significativamente a antracnose nos discos de frutos quando comparados ao controle. No entanto os “Mix” 1, 3, 5, na concentração 108 UFC mL-1, proporcionaram melhores desempenhos reduzindo a doença até 75 %, 89,78 % e 90,8%, respectivamente. Os ‘Mix” 3 e 5 na concentração ótima de 108, foram aplicadas nos frutos inteiros, e a eficiência dos tratamentos foi comparada ao fungicida sintético Comet (Piraclostrobina 250 g/L). Os “Mix” bacterianos não diferiram significativamente do fungicida, que atingiu níveis de redução da doença superiores a 97 %. A combinações utilizadas reduziram a severidade da antracnose acima de 98 %.
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PEDRO PAULO DE JESUS PIMENTEL
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"EXTRATOS VEGETAIS COMO TRATAMENTO ALTERNATIVO PARA REUTILIZAÇÃO DE CAMA DE FRANGO"
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Data: 30/07/2018
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RESUMO Pimentel, P. P de J. EXTRATOS VEGETAIS COMO TRATAMENTO ALTERNATIVO PARA REUTILIZAÇÃO DE CAMA DE FRANGO O trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antimicrobiana do extrato aquoso de Foeniculum vulgare, Thymus vulgaris e Rosmarinus officinalis frente a cepas de Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Salmonella spp. isoladas a partir de amostras de cama de frango e avaliar a eficácia do uso do extrato aquoso de T. vulgaris em diferentes concentrações para redução de E. coli e S. aureus em cama de frango. Os extratos vegetais foram produzidos pelo método de infusão e a avaliação da atividade antimicrobiana foi realizada pelo método de microdiluição em caldo, visando determinar a Concentração Inibitória Mínima (CIM). Para isolamento das cepas de E. coli e Salmonella sp. foi utilizado o ágar Eosina Azul de Metileno (EMB) e para cepa de S. aureus foi utilizado o ágar Baird Parker. Os isolados foram preservados em glicerol 15% e em caldo Brian Heart Infusion (BHI) a -20ºC. Realizou-se triagem fitoquímica para detectar a presença de metabólitos secundários nos extratos. Para avaliação dos efeitos do extrato de T. vulgaris sobre a microbiota da cama de frango foi realizado um delineamento inteiramente casualizado (DIC) com dois fatores. Os resultados foram submetidos à análise variância e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância, utilizando o software estatístico R. O extrato de T. vulgaris apresentou maior atividade antimicrobiana contra todos os microrganismos testados, com valores de CIM entre 20 e 2,5mg.mL-1, além de possuir todos os metabólitos secundários prospectados na triagem fitoquímica. O extrato de F. vulgare não foi capaz de inibir o crescimento de E. coli e não foi detectada a presença de alcaloides e saponinas nesse extrato. O extrato de R. officinalis não foi capaz de inibir o crescimento dos microrganismos testados, ao passo que foi o extrato com menor quantidade de metabólitos secundários prospectados na triagem fitoquímica. Foi possível observar que os fatores tempo e tratamento causam um efeito simultâneo na contagem das bactérias na cama de frango. Houve redução significativa de E. coli e S. aureus dois dias após aplicação do extrato de T. vulgaris. A aplicação do extrato na concentração de 60mg.mL-1 apresentou melhores resultados quando comparados com a aplicação do extrato na concentração de 30mg.mL-1 por exibir efeitos mais duradouros, inibindo o crescimento bacteriano por até cinco dias após a aplicação do extrato. A cama de frango nova, embora não tenha apresentando presença de Salmonella spp. e com baixa contagem de S. aureus, apresentou elevada contagem de E. coli, não diferindo significativamente (p>0,05) da contagem na cama de frango após criação de um lote de aves. Os resultados encontrados nesta pesquisa apontam para o potencial antimicrobiano dos extratos vegetais contra microrganismos de origem avícola, além da potencialidade da utilização do extrato de T. vulgaris enquanto alternativa para o tratamento da cama de frango.
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DANIELA FREIRE SOUSA
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“PROCESSAMENTO DE OSTRAS (Crassotrea rhizophorae) PRODUZIDAS NA RESERVA EXTRATIVISTA MARINHA BAÍA DO IGUAPE, BAHIA”
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Data: 27/07/2018
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RESUMO Ribeiro, D. F. S. Processamento de ostras (Crassostrea rhizophorae) produzidas na reserva extrativista Marinha Baía do Iguape, Bahia O consumo de pescado tem aumentado no mundo, desta forma, deve-se ater para a qualidade desse pescado, como a ostra Crassostrea rhizophorae, a qual apresenta características bioacumulativas e pode ser prejudicial à saúde humana. Assim, este estudo tem como objetivo contribuir com a promoção de qualidade das ostras Crassostrea rhizophorae produzidas por famílias quilombolas oriundas da Reserva Extrativista Marinha Baía do Iguape, Bahia, assim como auxiliar na Segurança Alimentar e Nutricional de dessas comunidades e do consumidor por meio da melhoria no processamento dessas ostras. O estudo realizou-se em julho de 2017 a fevereiro de 2018, sendo dividido em quatro etapas, a qual iniciou-se pela observação do processamento da ostra pelos produtores da Reserva Extrativista Marinha Baía do Iguape (Bahia). Na segunda etapa foi realizado o diagnóstico microbiológico, incluindo a quantificação de mesófilos, coliformes totais, Escherichia coli, Staphylococcus aureus, psicrotróficos e presença/ausência de Salmonella da carne da ostra processada pelos produtores de ostras, assim como as provas físico-químicas: Reação de Éber para gás sulfídrico, Reação de Éber para amônia, Bases Voláteis Totais e a mensuração do pH das ostras in natura. Na terceira etapa realizou-se a análise de rendimento das ostras em laboratório conforme as técnicas de produção empregada pela comunidade, seguido da determinação do tempo de vida de prateleira em embalagens de polietileno saco e bandeja descartáveis por períodos de 0, 30, 60 e 120 dias repetindo-se as análises microbiológicas e físico-químicas e na quarta etapa realizou-se a análise sensorial. Tanto as ostras in natura quanto as ostras processadas pela comunidade apresentaram inadequação para consumo em 50% das amostras. Na determinação da vida de prateleira, os resultados microbiológicos e físico-químicos em ambas as embalagens apresentaram resultados dentro dos limites de acordo a legislação utilizada como base, não havendo diferença estatística entre os tipos de embalagem, sugerindo-se o tempo de 110 dias como ideal para o consumo humano. O tempo de cocção para a abertura das valvas variou de acordo com as estações, sendo que os experimentos da estação chuvosa apresentaram um tempo menor para abertura das valvas. O rendimento médio da carne foi de 23,93%. Para a análise sensorial, obteve-se um índice de aceitabilidade de 89%, sendo a cor, o aroma, a textura e os índices de maiores aceitabilidade pelos provadores. Conclui-se que por meio das técnicas de produção empregadas no presente estudo, é possível fortalecer a Segurança Alimentar e Nutricional no processamento de ostras Crassostrea rhizophorae, entretanto, ressalta-se a necessidade do monitoramento contínuo da qualidade, aumentando a competitividade e garantindo produção segura e sustentável desses alimentos pela comunidade.
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ADRIANA DOS SANTOS SILVA
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“AVALIAÇÃO DO PERFIL MICROBIOLÓGICO E DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIOS DE ÁGUAS E PEIXES CONSUMIDOS EM PISCICULTURA DE PESQUE PAGUE LOCALIZADOS NO RECÔNCAVO DA BAHIA E NA ILHA DE ITAPARICA”
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Data: 12/06/2018
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RESUMO
Silva, A S. Avaliação do perfil microbiológico e condições higiênicas - sanitárias de águas e peixes consumidos em pisciculturas de pesque- pague localizados em cidades da Bahia e na ilha de Itaparica
A piscicultura é uma prática rentável para o país e é importante avaliar as condições higiênico-sanitárias desses alimentos. O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil microbiológico de águas e peixes consumidos em piscicultura de pesque e pague localizados nas cidades do interior da Bahia e na ilha de Itaparica. A coleta foi realizada em dois períodos distintos (seco e chuvoso) em até 3 viveiros de cada uma das 10 pisciculturas, sendo retirada 2 amostras de peixes e 500 mL de água, perfazendo um total de 138 amostras, 48 de água e 90 de peixes (tilápia). Para a análise microbiológica foi realizada a contagem de coliformes totais e Escherichia coli, seguido de identificação E.coli O157, foi realizada também a contagem de microrganismos aeróbios mesófilos, de Staphylococcus aureus, de Aeromonas spp. , e teste de susceptibilidade a antimicrobianos. Procedeu-se também a análise física e química da água (pH, cor, turbidez, OD e DBO). Os resultados das análises microbiológicas foram comparados a RDC nº 12, de 02 de janeiro de 2001, a Portaria 2.914 de 2011, a Resolução nº 357 de 2005 que determina padrões físico-químicos e microbiológicos em água. A partir dos resultados obtidos, percebeu-se que a composição microbiológica da água de cultivo esta associada a os tipos de bactérias presentes no peixe, verificou-se que 100% das amostras apresentaram contaminação por Aeromonas spp. coliformes totais, Escherichia coli, bactérias mesófilas e S. aureus. os isolados de Aeromonas spp. apresentaram multirresistência a 2 ou 8 antimicrobianos. Além disso, é necessário atenção para os microrganismos encontrados neste estudo, pois algumas espécies são patogênicas ao ser humano como a E.coli O157H7 isolada em 81,1% (73/90) avaliadas. Desta forma o consumo dos peixes criados nestes pesque-pague configura-se como risco a saúde pública.
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LEONARDO FRANKLIN LIMA DA SILVA
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“SELEÇÃO DE BACTÉRIAS DIAZOTRÓFICAS PARA FEIJÃO-CAUPI EM FUNÇÃO DA DESFOLHA ARTIFICIAL”
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Data: 20/04/2018
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RESUMO
SILVA, L. F. L. Seleção de bactérias diazotróficas para feijão-caupi em função da desfolha artificial. Cruz das Almas - Bahia, 2018. Dissertação (Mestrado em Microbiologia Agrícola). Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
As pragas promovem grandes prejuízos para as culturas, reduzindo drasticamente sua capacidade fotossintética. Dentre as leguminosas, o feijão-caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp], durante o seu ciclo, pode ser bastante afetado pelas pragas desfolhadoras. O feijão-caupi quando inoculado com estirpes de bactérias diazotróficas pode ser beneficiado amplamente com a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN). Como o feijão-caupi apresenta certa tolerância à desfolha e responde bem a inoculação com bactérias diazotrófica, objetivou-se avaliar o efeito da desfolha artificial nesta cultura quando inoculado com bactérias diazotróficas, assim como verificar o percentual de desfolha tolerado em ambiente protegido e selecionar estirpes para realização de ensaios de campo. A desfolha artificial foi realizada em dois estádios de crescimento da planta. A primeira desfolha artificial foi realizada aos 25 dias após o plantio, compreendendo o período vegetativo da planta e a segunda foi realizada aos 45 dias após o plantio, período do início do florescimento da planta. Na fase vegetativa houve efeito individual das fontes de nitrogênio e da desfolha artificial nos componentes de produção do feijão caupi (cultivar Epace 10). Na fase vegetativa o cultivar apresenta maior índice de clorofilas B e total em 40 e 36 % de desfolha, quando inoculado com o isolado em fase de seleção UFRB FA51B. O feijão-caupi quando inoculado com bactérias diazotróficas apresentou até 30% de tolerância a desfolha artificial na fase reprodutiva em ambiente protegido quando inoculado com a estirpe em fase de seleção UFRB FA51B1.
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ANELITA DE JESUS ROCHA
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“Interação entre Fusarium oxysporum f. sp. cubense e Radopholus similis”
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Data: 28/02/2018
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A banana é um dos alimentos mais consumidos pela população mundial. O 12 mercado internacional e a produção brasileira de bananas passaram por severas 13 mudanças devido à murcha de Fusarium, uma doença destrutiva causada pelo 14 fungo Fusarium oxysporum f. sp. cubense (Foc) que está disperso na maioria das 15 regiões produtoras. O controle genético é a medida mais eficiente e viável. Por 16 este motivo, informações sobre fatores associados à menor durabilidade da 17 resistência de cultivares de bananeira à Foc são imprescindíveis. Nesse sentido, 18 estudos demostram que a associação de patógenos de solo com nematoides 19 podem levar à suplantação de resistência e ao aumento da intensidade de 20 doenças fúngicas. Nesse estudo, sete cultivares de bananeira resistentes a 21 murcha de Fusarium e uma cultivar suscetível foram analisadas quanto à 22 interação entre Foc e Radopholus similis, o nematóide cavernícola da bananeira. 23 Foram testados dois isolados de Foc com diferenças relacionadas à virulência. Os 24 dados revelaram correlação positiva entre índices de doença causados por Foc e 25 o percentual de necrose em raízes causadas por R. similis. Diferenças na 26 severidade da doença foram observadas, com aumento significativo relacionado 27 aos tratamentos em que houve interação entre os patógenos. A análise de cluster 28 e a coloração de estruturas fúngicas em raízes demostrou que R. similis inoculado 29 simultaneamente com Foc (Raça 1) conduz a suplantação de resistência nas 30 cultivares Terra, BRS Pacovan-ken, BRS Platina e BRS Vitória e que a interação 31 simultânea promove a suscetibilidade de bananeira “Prata anã” ao nematoide R. 32 similis. Quando um isolado de Foc com maior virulência foi associado a R. similis 33 observou-se maior intensidade da murcha de Fusarium em todas as cultivares 34 avaliadas. Os dados obtidos oferecem contribuições adicionais no que diz 35 respeito à influência de fatores bióticos na durabilidade da resistência de 36 cultivares de bananeira à murcha de Fusarium. 37
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TAIS TEIXEIRA DAS NEVES
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“Genômica comparativa da Ciclodextrina glicosiltransferase e imobilização do Bacillus trypoxylicola SM-02 para a produção da enzima”
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Data: 23/02/2018
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RESUMO NEVES, T. T. GENÔMICA COMPARATIVA DA CICLODEXTRINA GLICOSILTRANSFERASE E IMOBILIZAÇÃO DO Bacillus trypoxylicola SM02 PARA A PRODUÇÃO DA ENZIMA. A ciclodextrina glicosiltransferase (CGTase) é uma enzima extracelular que pertence à maior família de α-amilases de glicosídeos hidrolases, produzida exclusivamente por microrganismos e tem a capacidade de converter o amido, e moléculas relacionadas, em ciclodextrinas (CDs). Por ser capaz de formar complexos de inclusão com diversas moléculas, as CDs são empregadas nas indústrias farmacêutica, alimentar, têxtil e de cosméticos, atuando na solubilidade de moléculas, estabilização de substâncias voláteis, mascaramento do sabor indesejável, entre outros. O objetivo deste trabalho foi analisar a distribuição do gene que codifica homólogos da enzima CGTase nos táxons procarióticos, assim como avaliar a produção desta enzima utilizando o Bacillus trypoxylicola SM-02, imobilizado em alginato de cálcio 2%. A busca por genes que codificam homólogos da CGTase nos genomas procarióticos foi realizada nos bancos de dados NCBI e CAZY. O gene que codifica a CGTase em B. trypoxylicola SM-02 foi amplificado por reações de PCRs. A enzima foi produzida em fermentação submersa utilizando araruta, casca e farinha de mandioca para o microrganismo livre e farinha de mandioca para o microrganismo imobilizado. Os resultados evidenciaram presença da CGTase em espécies dos domínios Archae e Bacteria, em especial para as bactérias Gram-positivas do gênero Bacillus. B. trypoxylicola SM-02 agrupou-se com espécies que produz β-CGTase, sugerindo que este também produza este tipo de enzima. A farinha de mandioca foi a melhor fonte de amido para produção da enzima utilizando o microrganismo livre, com atividade enzimática de 370,88 U/µmol. O meio de cultivo composto por farinha de mandioca, milhocina e manipueira se destacou na produção de CGTase utilizando o microrganismo imobilizado, atingindo uma atividade enzimática de até 166,64 U/µmol.
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RAMON DA SILVA ARGOLO
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“Dispersão de Diaphorina citri, vetor do HLB dos citros, em microcosmos e quantificação de comportamento migratório entre plantas hospedeiras e interferentes”
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Data: 29/01/2018
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RESUMO Argôlo, R. da S. Dispersão de Diaphorina citri, vetor do HLB dos citros em microcosmos e comportamento migratório entre plantas hospedeiras e interferentes. Cruz das Almas, 2018. Dissertação (Mestrado em Microbiologia Agrícola). Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. A citricultura é uma das atividades mais importantes do agronegócio brasileiro, com uma cadeia de produção estruturada que envolve desde os pequenos produtores até indústrias de processamento de suco concentrado e comerciantes de fruta fresca. A citricultura no Brasil vem enfrentando uma série de problemas, entre eles o Huanglongbing (HLB), doença para a qual ainda não se conhece cura, e cujos patógenos bacterianos Candidatus Liberibacter asiaticus e Candidatus Liberibacter americanus, são disseminados pelo psilídeo Diaphorina citri Kuwayama. O presente trabalho teve como objetivo modelar a dispersão do vetor do HLB, e quantificar as probabilidades de sua migração em ambientes heterogêneos com plantas atrativas e interferentes. Foram feitos experimentos (capítulo 2) com liberação de adultos de D. citri em plantas centrais de microcosmos com espaçamentos entre plantas de 0,5m, 1m e 2m. Aos dados de proporção de insetos observados x distância do ponto de liberação foi ajustado modelo exponencial negativo por meio de regressão não-linear. A distância mediana de dispersão foi baixa, inferior a 1m, no entanto as distâncias máximas de dispersão variaram entre 6 e 18m conforme o experimento. Os mapas de cada experimento com o número de insetos por planta foram submetidos à geoestatística e após krigagem construíram-se mapas de isolinhas. A distribuição espacial de plantas de citros infestadas pelo vetor apresentou um alcance próximo de 16m. No capítulo 3 com os dados da contagem de insetos por planta, foram construídos gráficos das proporções de insetos em plantas de citros, em plantas interferentes, em migrantes ou mortos, que ficaram no sistema (remanescentes) e a proporção de plantas de citros infestadas em cada experimento. Foram calculados o potencial push-pull e o índice de atratividade. A mangueira (Mangifera indica) apresentou potencial de repelência (push), maior que o da goiabeira (Psidium guajava) e do cajueiro 13 (Anacardium occidentale). A murta (Murraya Paniculata) tem um potencial de atração (pull) bastante relevante, podendo ser considerada para uso como planta armadilha. A migração do vetor para fora das áreas experimentais foi maior nos sistemas com plantas interferentes com potencial de repelência.
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