RECORRÊNCIAS DOS INCÊNDIOS NA VEGETAÇÃO NO PARQUE NACIONAL DA CHAPADA DIAMANTINA-BA, ENTRE OS ANOS 1986 E 2016
Fogo, unidade de conservação e geoprocessamento.
A Chapada Diamantina é conhecida pela sua beleza cênica e vegetação exuberante, um oásis no centro da Bahia, porém tem nos incêndios florestais um dos maiores fatores de perturbação da paisagem, pode ter origem natural ou ação criminosa. O mapeamento das ocorrências de incêndios são um importante passo para identificar áreas mais afetadas pela passagem do fogo e auxiliam no planejamento e no combate. O objetivo foi caracterizar as recorrências de incêndios no Parque Nacional da Chapada Diamantina-PNCD, a partir do mapeamento de áreas queimadas registradas em um acervo de imagens de satélite no período de 1986 a2016. Aárea queimada no período estudado totalizou 102.231,78 haem que 56,27% foi dentro do PNCD e 43,73% na zona do entorno. Os mapas de frequência de incêndios no PNCD apresentam áreas que nunca queimaram e outras com até com 8 passagens do fogo na mesma área. Dos 57.532,65 haqueimados dentro do parque, 91,32% queimaram até 3 vezes na mesma área. Os municípios que apresentaram maior frequência de incêndio, foram Mucugê, Andaraí e Palmeiras. Quanto ao tipo de solo e vegetação ardida, afloramento rochoso, Neossolo Litólico e Cambissolo, campo rupestre seguido de área de transição campo gerais/campo rupestre e Campo Gerais, respectivamente foram os com maior frequência. Os dados gerados somente da estação de seca, podem auxiliar os gestores no planejamento de prevenção e combate de incêndios, estabelecendo áreas de prioridades que estão mais susceptíveis a degradação.