Aspectos fisiológicos e bioquímicos do estresse por cádmio em genótipos de girassol
Fluorescência; Helianthus annuus; Metal tóxico; Tolerância
Dois experimentos foram conduzidos em casa de vegetação, objetivando selecionar genótipos de girassol quanto à tolerância ao cádmio (Cd) e avaliar as respostas fisiológicas e bioquímicas frente ao contato com esse metal. No primeiro experimento foram avaliadas as produções relativas de biomassa de 28 diferentes genótipos de girassol submetidos a dois níveis de Cd na solução nutritiva (0 ou 10µM) durante o período de 8 dias. Os genótipos H358, BRS323, IAC-Uruguai e Olisun5 apresentaram a maior produção relativa de biomassa e foram classificadas como tolerantes, enquanto os genótipos AG963 e AG960 obtiveram a menor produção relativa, sendo considerados sensíveis ao Cd. No segundo experimento foram utilizadas sementes de dois genótipos de girassol, um tolerante (H358) e um sensível (AG960) ao Cd, em condições de crescimento e tratamento idêntico ao primeiro experimento, foram realizadas quatro coletas, com 1, 6, 11 e 16 dias de estresse, objetivando identificar parâmetros fisiológicos e/ou bioquímicos que possam servir como indicadores da tolerância do girassol ao estresse por Cd. A presença do Cd na solução nutritiva alterou a concentração dos principais grupos de solutos orgânicos celulares e nutrientes em folhas e raízes, bem como reduziu todas as variáveis relacionadas à fotossíntese em plantas de girassol devido tanto a limitações estomáticas quanto bioquímicas em ambos os genótipos estudados. No entanto, os efeitos deletérios do Cd foram mais pronunciados no genótipo AG960 em comparação com o H358. Desta forma, a ánalise dos dados evidenciou que a redução dos teores de Ca, Mg, Mn e Fe são indicadores nutricionais da sensibilidade ao Cd em girassol. E que as variáveis A, gs e os teores de pigmentos fotossintéticos podem ser utilizados como indicadores bioquímicos da tolerância do girassol ao estresse por Cd.