Utilização de pastagens em declividade: Problema ou solução?
indicadores de qualidade do solo, manejo e conservação do solo, atributos físicos, estrutura do solo, floresta nativa, erosão do solo, plantas forrageiras
No Brasil, as pastagens são a principal fonte de alimento para espécies ruminantes em criação extensiva. A substituição de matas naturais por pastagens, além de gerar um desequilíbrio ambiental, pode ser danosa ao solo, por alterar propriedades físicas do solo, principalmente aquelas relacionadas à erodibilidade que, juntamente com a declividade do terreno, são causa de maior erosão. Diante disso, objetivou-se diagnosticar o atual estado de um solo, em uso por mata nativa, remanescente de Mata Atlântica e de pastagens em diferentes posições em relação à mata, em áreas adjacentes, situadas em declividade elevada, utilizando como parâmetros, alguns atributos físicos do solo intrinsicamente relacionados à erodibilidade. O estudo foi realizado no Nordeste do Brasil. Os tratamentos constituíram-se por: Mata natural (controle) - MN, pastagem ao lado da mata (na mesma cota de altitude) - PLM, pastagem abaixo da mata (cota inferior) - PAM, e pastagem abaixo da pastagem (cota inferior) - PAP, em um delineamento inteiramente casualizado, e duas subparcelas (cota elevada e cota baixa dentro de cada tratamento), em três camadas de solo. Os atributos físicos avaliados foram: estabilidade de agregados, condutividade hidráulica saturada e resistência a penetração. Todas as condições de pastagem diferiram da condição de mata (controle) em todos os atributos do solo analisados. Os tratamentos compostos pelas pastagens apresentaram as maiores alterações na resistência a penetração, seguido de alterações na estrutura do solo, o que aponta para a necessidade de maiores cuidados e adoção de sistemas de sulcamento em nível e bacias de contenção, em razão da declividade, tomando em consideração a pluviosidade local.